Priscila Priska
Despede-te de temores
E inaugura sonoro
Tua voz de cadência
Compassiva e clara
Para que teu corpo
desabe sobre mim
Melodioso,
inundado de fúria,
torpor
e mil abstrações
Alegra-te de mim
entre descobertas
e permanências
Possuídos,
possessivos,
inflamados
Porque em nós
habita o divino
a força que renova o poder
Consome a própria chama
E pousarei lentamente
em teu corpo de girassol
Resplandecendo iluminada
de amarelo e ouro
Contente de mim mesma
posso me ver agora
Invisível larva
Amorosa
Passiva
Lascíva e fatal.
Foto: de Nuno Belo
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