Mário Quintana
O temo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconseqüente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre…
Todas as horas são horas extremas!
Foto: _time_is_running_out__by_isakichan-d2xmmj1
Um comentário:
Oi. Estive aqui dando uma espiada. Muito legal. Esse é poeta. Apareça por lá. Abraços.
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