Aqui eu conto meus pontos, conto poesia dos outros, conto músicas que amo, e de vez em quando conto os meus contos!
25 de abr. de 2010
Hilda Hilst
( Do Desejo - 1992)
Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas
escomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te
ôfrega
Como se fosses morrer colado à
minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do
amanhecer.
Foto: De Luis Mendonça
15 de abr. de 2010
Martha Medeiros
Martha Medeiros
Desmediocrize sua vida. Procure seus "desaparecidos", resgate seus afetos.
Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado.
Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não é preciso chegar num momento limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir."
Do amoroso esquecimento
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
(Espelho Mágico)
Foto: Sem título de Babeffe
De tudo ficaram três coisas.
Fernando Sabino
Foto: A espera de Luiz SilvaDe tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!
Assinar:
Postagens (Atom)